sexta-feira, 13 de maio de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: CMP acusa Electra de falta de ’bom senso’ no fornecimento de água aos praienses

A Câmara Municipal da Praia acusou esta sexta-feira a Electra de falta de “bom senso”. A empresa, diz o vereador Gilberto Silva, não disponibiliza água para abastecer os chafarizes nos bairros como forma de penalizar a autarquia pelo não pagamento de uma dívida de 12 mil contos.“Mais de 50% da população da Praia começou a ficar afectada com cortes de água nos chafarizes. Os cortes são feitos pela Electra que decidiu assim utilizar a sua imposição de força para resolver a situação de dívida entre as partes”, reitera o vereador Gilberto Silva, que instou a empresa a cumprir a sua obrigação de garantir o abastecimento. Aquele responsável camarário explica que dos 72 chafarizes em funcionamento, 57 estão ligados à rede pública e a Electra já procedeu a cortes em 17 deles, curiosamente, diz ele, os mais procurados. “O impacto desses cortes é bastante negativo, tendo em conta que afecta a população mais vulnerável do município. Julgo que tem havido uma certa insensibilidade por parte da Electra para com as necessidades básicas da população”, diz o vereador Silva.



De acordo com Silva, a distribuição de águas nos chafarizes não é rentável: “os prejuízos advém das despesas de distribuição, que são superiores às receitas que o município arrecada e esta situação resulta também das dívidas correntes para com a Electra”. “A Electra contribui em certa medida para esta situação de prejuízos porque também tem diminuído consideravelmente a quantidade de água que fornece aos chafarizes. De 2008 a esta parte houve uma diminuição de 25 mil toneladas de água. Na maior parte dos chafarizes, a água de três em três dias durante uma hora em média”.

Silva entende que a solução do problema não deve passar por “cortes compulsivos”, mas deve ser procurada numa base institucional. “O presidente da câmara já solicitou formalmente um encontro com o ministro da Economia para o equacionando desse problema”. Entretanto, a CMP relembra à Electra que a sua dívida para com a edilidade ascende aos 452 mil contos. Por sua vez, a CMP deve à Electra, desde 2003, 45 mil contos, para além das dívidas de água (12 mi contos) e iluminação pública, que atinge os 130 mil contos.

FONTE: ASEMANA

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