segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

VEIGA, ONDE ESTÃO OS PROFANADORES?

1. Recorda-se que em 1995, a mando de alguém, várias igrejas católicas, incluindo a de São Domingos, foram profanadas e as imagens de santo partidas, com claro interesse político. Na altura, o senhor, enquanto primeiro-ministro, acompanhou de perto o desenrolar deste caso que abalou a estrutura cristã cabo-verdiana.

MANDOU OU NÃO MANDOU QUEBRAR SANTOS?

2. Lembra-se de ter, posteriormente, pedido votos num comício no Polivalente aqui em S. Domingos, em 1996, e prometeu em troca a apresentação dos profanadores da nossa igreja.
PROMETEU OU NÃO PROMETEU?

3. Está a lembrar que mandou prender, em pleno funeral e com filmagem e divulgação televisiva, indíviduos de S. Domingos e foram apresentados como os autores das profanações.
MANDOU OU NÃO MANDOU?

4. Afinal, tudo não passou de uma infâmia forjada por si e seus comparsas no sentido de incriminar cidadãos inocentes.
Sabe-se, hoje, que tudo era falso, e que foi sim arquitectado por si e seus ministros com o único objectivo de manter no Poder.

5. De novo as eleições, explica aos jovens, olhos nos olhos, o que é capaz de não fazer, para poder chegar ao Poder.
Filomeno Rodrigues

domingo, 30 de janeiro de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

PAICV denuncia o desacato de algumas Câmaras Municipais às deliberações da CNE

O PAICV denunciou hoje, em conferência de imprensa, a atitude das Câmaras Municipais da Praia, São Vicente e Sal de desrespeitar algumas deliberações da Comissão Nacional de Eleições, CNE, e algumas leis do Código Eleitoral.

Janira Hopffer Almada, membro da Comissão Política do PAICV, considerou que a atitude das três Câmaras Municipais, sobretudo a da Praia, é abusiva e de desacato à lei eleitoral e à CNE, por insistir em inaugurações, como a iluminação do Estádio da Várzea, a rampa de skate na Praça Alexandre Albuquerque e a rua pedonal, no Plateau.


Para o PAICV, essas manobras pretendem influenciar o posicionamento dos eleitores e fazer frete ao Carlos Veiga, líder do MpD. Além disso, a Câmara Municipal da Praia pretende sobrepor o Código de Posturas Municipais ao Código Eleitoral, quando veio a público, ontem, afirmar que vai continuar a retirar cartazes, contrariando a orientação da CNE, mesmo não tendo competência para tal.

Quanto aos espaços reservados para afixação de material gráfico de campanha, o PAICV usou os que lhe foram atribuídos em sorteio na CMP. Os espaços não ocupados pelos outros partidos foram novamente sorteados entre o PAICV e o MpD. E o PAICV ocupa agora aqueles que recebeu do último sorteio, feito pela CMP, em presença de representantes dos partidos.

Sobre a distribuição dos computadores Gota d´Água, o processo começou há mais de um ano e o concurso lançado há mais de três meses. Após a advertência da CNE, fez-se a distribuição em São Vicente, visto que o Governo ainda não tinha recebido nenhuma notificação formal por parte da CNE.

Recebida a notificação, a distribuição foi suspensa porque o PAICV pretende que as eleições decorram em clima de paz, tranquilidade e escrupuloso respeito às leis.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

JOSE MARIA NEVES ENCONTRA-SE COM JOVENS UNIVERSITÁRIOS

Ontem à tarde, no encontro com os jovens universitários da Praia, José Maria Neves apresentou as propostas do PAICV para este sector nos próximos tempo. Actualmente o Orçamento de Estado disponibiliza mais de 500 mil contos só em bolsas de estudos e tem investido mais de 700 mil contos anuais na Universidade Publica de Cabo Verde. No total são mais de um milhão de contos do Orçamento de Estado que tem sido canalizado todos os anos só para o Ensino Superior.
Para os próximos tempos o PAICV propõe incrementar um programa de ensino “on-line” virado essencialmente para os jovens residentes na diáspora e nas ilhas que não têm universidades. Tal aposta será possível com a massificação do acesso á internet através do alargamento da rede de praças digitais e a transformação da actual Rádio Educativa em Rádio e Televisão Educativa e isso sem contarmos com o Ensino Superior Profissionalizante que já uma realidade no Fogo e em Santo Antão…

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

JOSE MARIA NEVES RECEBIDO EM APOTEOSE

O banho de multidão que recebeu José Maria Neves, Presidente do PAICV, ontem, dia 25 de Janeiro, no Aeroporto Internacional da Praia confirma a tendência não só da renovação, mas claramente do reforço, da maioria nestas eleições legislativas de 2011. Muitos milhares de cabo-verdianos criaram o cortejo de carros jamais visto na capital, reafirmando a onda amarela que já toma a conta do País e que entoa, em crescendo, o desejo por Mais Cabo Verde.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: Neves recebido em apoteose na cidade do Porto Novo

Algumas centenas de populares receberam ontem José Maria Neves quando o presidente do PAICV chegou a Santo Antão para mais dois dias de campanha eleitoral. Depois do Sal, o candidato fez uma pequena escala em São Vicente, antes de atravessar o mar que liga Porto Grande e Porto Novo. À chegada, tinha à sua espera um número significativo de militantes e simpatizantes do seu partido.De t-shirt vestida e bandeira em punho, a multidão estava de tal forma entusiasmada que Neves acabou por furar o protocolo e, em vez de entrar de imediato para o carro que o deveria transportar, acabou por percorrer algumas centenas de metros a pé.A primeira escala do périplo do presidente tambarina em Santo Antão foi a sede de campanha. Da varanda, continuou a acenar aos apoiantes.Algumas horas mais tarde, José Maria Neves regressou, desta feita para participar no comício da noite. Ao longo de uma hora o também Primeiro-Ministro fez um dos mais longos discursos desde que regressou à estrada, tendo em vista as eleições de 6 de Fevereiro. Aliás, a intervenção do lider do PAICV foi não só extensa, como também dura. Dividida em três momentos - oposição, obra feita e futuro - a mensagem do concorrente a um terceiro mandato na Várzea começou com as já habituais críticas a Carlos Veiga, a quem acusou de, "mais gordinho e com mais barriga", querer voltar ao cargo que "abandonou em 2000". Seguiu-se, ensino e agricultura, Casa para Todos e décimo terceiro mês, salário mínimo e pensão social. "Estamos juntos até à eternidade", garantiu.Em 60 minutos muito aplaudidos, numa noite em que Armindo Maurício, que encabeça a lista por Santo Antão, não se fez ouvir, José Maria Neves, lembrou Cabral e recitou poesia.A campanha do PAICV prossegue este domingo, com passagem garantida pelos concelhos do Paul e Ribeira Grande, entre contactos com a população e dois comícios-festa. Segunda-feira, a comitiva viaja para São Nicolau.

Neves comenta "apagão" no dia do debate

Instado pelos jornalistas, o presidente do PAICV reagiu às declarações da Ministra da Economia. Fátima Fialho, que tutela a ELECTRA, anunciou a abertura de um inquérito para apurar o que se passou na noite de 18 de Janeiro, altura em que um apagão deixou a cidade da Praia às escuras no exacto momento em Neves e Veiga começavam o frente-a-frente na TCV. A governante acredita num acto de sabotagem.
Sem querer responsabilizar o MpD pelo sucedido, o candidato registou que, na noite do debate, o seu adversário foi para os estúdios da televisão pública "com uma laterna".
FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS

EQUIPA DE ACTIVISTAS DE ACHADA GRANDE


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA:José Maria Neves exorta os cabo-verdianos a continuarem juntos

Milhares de apoiantes do PAICV estiveram presentes no largo do Estádio da Várzea, na madrugada na noite de ontem, para assistirem o arranque da campanha eleitoral. O candidato do PAICV às eleições legislativas de 6 de Fevereiro, José Maria Neves, pediu na ocasião, aos cabo-verdianos a continuarem juntos nos próximos tempos, já que é o "futuro de Cabo Verde que está em jogo".

"Tenho a certeza de que se continuarmos juntos com mais Cabo Verde vamos ter melhores resultados no futuro", disse, para acrescentar que o que está em causa nestas legislativas é Cabo Verde.

O líder "tambarina" começou o seu discurso, de cerca de uma hora, apontando os ganhos que o país obteve com a sua governação, nomeadamente o melhoramento das redes viárias do país, os aeroportos internacionais, as universidades e aposta na agricultura com as barragens.

José Maria Neves ainda fez saber, que elege a habitação, o emprego, as novas tecnologias, desenvolvimento social, infra-estruturas, educação, agricultura, como algumas das áreas a serem beneficiadas e que poderão transformar o país num "centro de prestação de serviços" cada vez "mais competitivo e moderno".

A festa que prolongou a madrugada dentro teve a animação musical dos seguintes artistas: Nunaus, Gil Semedo, Beto Dias, Zeca di Nha Reinalda, Djedjê, Mário Lúcio e Gylito.
FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: Líder do PAICV preside comício-festa na Várzea

O líder do PAICV, José Maria Neves, preside nesta quarta-feira, 19, no Largo do Estádio da Várzea, o comício-festa que antecede o arranque da campanha eleitoral para as legislativas de 6 de Fevereiro. Gil Semedo será um dos artistas convidados para animar a "festa tambarina". Conforme fontes deste jornal, os tambarinas pretendem levar ao local «uma boa moldura humana e transformar esse acontecimento numa grande festa da onda amarela».

O comício está agendado às 20 horas e será presidido pelo presidente do PAICV, José Maria Neves. O mesmo será animado por diversos artistas, nomeadamente Gil Semedo, Beto Dias, Djédjé, Zeca Di Nha Reinalda, Mário Lúcio.

Com o arranque da campanha a partir das zero horas, os tambarinas têm agendado várias actividades em Santiago Sul, com destaque para a fixação de cartazes e a realização de outras actividades de propaganda política.
FONTE: ASEMANA

sábado, 15 de janeiro de 2011

FESTIVAL DE HIP HOP

A JPAI organiza este sábado um grande festival de hip hop pelas 20 horas à frente do auditório Nacional.
O festival contará com as actuações de rappers como Azayas, Mitu, Cicatriz, Fidjos cabral...etc.

Contamos com a participação de todos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: Nas legislativas de 6 de Fevereiro está em jogo o futuro de Cabo Verde

O reforço da democracia, a boa governação, a modernização das infra-estruturas, o desenvolvimento do turismo, a melhoria do sistema de saúde, a qualificação do ensino superior, o alargamento do ensino técnico e profissional a todo o arquipélago, a aposta nas energias renováveis e a erradicação da pobreza foram alguns dos pontos enunciados na Plataforma Eleitoral do PAICV, apresentada na tarde ontem, na cidade da Praia.

O presidente do partido, José Maria Neves, sublinhou que nas legislativas de 6 de Fevereiro está em jogo o "futuro de Cabo Verde". Os tambarinas apresentam-se para as eleições legislativas com o lema "Mais Cabo Verde".

Na sua intervenção, José Maria Neves lembrou que em 2001, quando assumiu os destinos de Cabo Verde, herdou uma situação em que o país "não tinha credibilidade junto dos principais parceiros", e apresentava um quadro de "derrapagem económica e financeira, fazendo com que os cabo-verdianos começassem "a perder confiança no futuro".
Reconheceu que o seu governo conseguiu reverter o quadro encontrado, focando-se na "boa governação", e zelando pelo "interesse colectivo". Neste contexto, refere que estão reunidas as condições para Cabo Verde dar um "grande salto em frente".

Para justificar o lema da campanha, Neves referiu que "hoje, temos um Cabo Verde cheio de energia, de ambição, de ousadia, cheio de orgulho. Temos um novo Cabo Verde mas moderno, com mais portos, mais portos, mais estradas, mais água, mais saneamento, mais electricidade, mais escolas, mais hospitais, mais democracia, mais liberdade e mais cidadania, precisamente porque trabalhamos juntos para realizar esse sonho, porque temos ambição e ousadia para querermos mais para Cabo Verde e por isso a nossa jornada é feito com o lema Mais Cabo Verde".

"Estamos no limiar de um novo futuro", assegurou JMN, para depois alertar aos cabo-verdianos que é preciso "agarrar este futuro", já que Cabo Verde "está em causa".
FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS

domingo, 9 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

ORÇAMENTO DA CMP APROVADO À MARTELADA

O orçamento da Câmara Municipal da Praia para o ano económico de 2011 foi (re)aprovado sob o signo da trapalhada, da desorganização, da força, da mordaça e da intimidação.
Na impossibilidade de aprova-lo pela via do diálogo, do debate e de cedências (princípios orientadores de qualquer regime democrático digno do nome), o executivo camarário liderado pelo MPD, em situação de puro desespero, não hesitou em lançar mão dos velhos métodos da década de noventa.
Já que o deputado José Barbosa não se mostrou disposto a abdicar dos seus princípios e sentido de voto, teve que ser o Estado Maior do MPD a “livrar-se” dele impondo-lhe um “pedido” de suspensão de mandato e substituindo-o por um colega devidamente domesticado e docilizado.
Nestes três anos de convívio com o senhor deputado e secretário municipal José Barbosa pude constatar que se trata de uma pessoa com convicções firmes e com uma noção muito clara e fundamentada em relação ao exercício das funções autárquicas.
Tenho nos meus arquivos pessoais todas as cartas (em suporte papel e via correio electrónico) que o mesmo enviou ao longo dos últimos dois anos à Ulisses Correia e Silva, com o conhecimento dos líderes das duas bancadas e da senhora Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, a solicitar a intervenção deste na resolução de um conjunto de questões (relacionadas com o mau funcionamento da Assembleia Municipal) que o senhor Presidente da Câmara nunca sequer dignou responder.
O senhor Secretario Municipal foi ao longo deste tempo uma pessoa coerente e tudo fez para se entender com a Câmara pela via do diálogo mas foi subestimado e desvalorizado por Ulisses Correia e Silva que nunca acreditou que o mesmo chegaria ao ponto em que chegou, contra tudo e todos, dentro do seu próprio partido. A verdade é que Correia e Silva não conseguiu convence-lo pela força dos seus argumentos e só com recurso a ameaças, chantagens e pressões das mais diversas ordens é que acabou por demove-lo dos seus propósitos.
Compreendo perfeitamente a decisão do senhor Barbosa que só decidiu pedir “suspensão” de mandato quando a sua integridade física (e de sua família) foi claramente posta em causa. Qualquer um de nós faria o mesmo em defesa dos seus filhos e dos demais que lhe são próximos. Porém a sua opinião e o seu sentido de voto não mudou.
Este estranho caso deixa-nos apreensivos e obriga-nos a uma reflexão mais profunda sobre as bases de sustentação da nossa democracia. Não resisto a lançar uma questão que me inquieta neste momento: O MPD seria capaz de proceder da mesma forma se fosse governo e estivesse em causa o Orçamento de Estado?
Todo este processo veio, mais uma vez, comprovar que a nossa Câmara se encontra desorganizada e sem liderança. Ulisses Correia e Silva não consegue ser o elemento congregador e impulsionador do desenvolvimento da nossa capital.
O Chumbo do orçamento foi apenas uma amostra (mas representativa) dentro de um leque de problemas que têm impedido a Câmara de funcionar com a devida normalidade.
A verdade é que Ulisses Correia e Silva já perdeu toda a sua autoridade quer sobre os deputados como também sobre os vereadores e teve que ir pedir ajuda a Carlos Veiga e José Filomeno depois de no debate interno ter sido derrotado pelo deputado José Barbosa.
O caso do Vereador Victor Coutinho é mais um exemplo da falta de autoridade reinante na nossa autarquia. Coutinho tem recusado transferir-se do pelouro de Urbanismo para o de Segurança e Protecção Civil. Na área das finanças as coisas se encontram ainda bem piores. O atraso e toda a trabalhada que assistimos durante o processo de aprovação do orçamento deve-se ao facto de Óscar Santos ter sempre recusado assumir as funções de vereador a tempo inteiro apesar da insistência de Correia e Silva.
Não se compreende e não é admissível que um corpo de Guarda Municipal seleccionado de forma aparentemente bastante “criteriosa”, num leque de centenas de candidatos, submetidos a vários testes de aptidão e “devidamente” formados, consegue reunir tanta crítica e contestação em tão curto espaço de tempo pelo facto de recorrer de forma sistemática a agressões físicas. Será esta a melhor forma encontrada pela câmara de impor a autoridade municipal? Será que (por detrás de tudo isto) não é relevante o facto de neste momento não haver nenhum vereador que responda pela área da Segurança Municipal?
Só uma equipa nervosa, desgovernada, descontrolada e em estado de delírio obsessivo consegue ver um amplo complot contra si envolvendo as vendeiras ambulantes, lavadores de carros, Conselho de Administração da Electra, Estado Maior da Forças Armadas, Comunicação Social etc., liderados e orquestrados pelos eleitos municipais do PAICV!
A verdade é que o barco comandado por Ulisses Correia e Silva está a meter água por todos os lados porque não tem conseguido desviar-se dos “fogos-amigo” que tem recebido de dentro do próprio MPD.
Somos obrigados a concluir que este partido não está preparado para ser uma alternativa responsável à governação do País.


Vladmir Silves Ferreira
Lider da Bancada Municipal do PAICV – Praia
www.bancadapaipraia.blogspot.com
Dakar, 1 de Janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

MOÇÃO APRESENTADA PELA BANCADA DO PAICV NA ÚLTIMA SESSÃO ORDINARIA DA AMP

Considerando que:

1. A Assembleia Municipal, órgão deliberativo do Município da Praia, deve posicionar-se no firmamento institucional como órgão que dignifique o Município e o País;
2. A dignificação é um processo tributário de alocação de meios humanos, financeiros, orçamentais, patrimoniais e materiais com vista a existência da instituição;
3. O funcionamento da Assembleia Municipal é garantido graças ao Gabinete de Apoio à Mesa da Assembleia, criado pelo Regimento em vigor, ao qual foi atribuído funções de carácter técnico-administrativo, sem as quais a presença da Assembleia só se sentiria quando reunida e, mesmo assim, a qualidade, eficiência e efectividade ficariam a desejar.
4. O mau funcionamento evidente do Gabinete de Apoio à Mesa da Assembleia fica a dever-se a inexistência de uma visão e de um Plano de Acção do seu processo de institucionalização que se vem acrescentar a falta de vontade política de alocação de recursos financeiros necessários à prossecução da acção administrativa;

Assim,

A Assembleia Municipal da Praia, reunida na sua sessão de 29 de Dezembro de 2010 determina:

1. Solicitar à Câmara Municipal da Praia, através do seu pelouro responsável pela Gestão Financeira e Patrimonial:

1.1. Que providencie os expedientes necessários à reconciliação de contas e elaboração de um orçamento de instalação do Gabinete de Apoio à Mesa da Assembleia.
1.2. Que dote o Gabinete dos meios humanos, financeiros, patrimoniais e materiais necessários, designadamente a aquisição de uma viatura para deslocações dos Grupos de Deputados Municipais em visitas, equipamento das instalações afectas ao Gabinete e aquisição de plataformas de informática, comunicação e energia.
1.3. Que elabore, conjuntamente com o Secretário da Mesa, uma proposta de orçamento de funcionamento para o ano 2011.

2. Manifestar a sua total solidariedade e apoio à Assembleia Municipal na sua acção de institucionalização do Gabinete de Apoio e na contribuição para a dignificação do Órgão.

3.Solicitar à Câmara Municipal da Praia a apresentação na próxima sessão ordinária de um relatório da execução das medidas propostas.

4. Exigir à Câmara Municipal que na próxima sessão ordinária apresente uma deliberação de pelouros, mais clara e consistente e, visto as disfunções e ausência de interface entre o Pelouro das Finanças e o Gabinete de Apoio à Mesa, faça a profissionalização, a tempo inteiro, do Vereador das Finanças.


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA, 29 DE DEZEMBRO DE 2010.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

COMUNICADO DA BANCADA DO PAICV-PRAIA

A Bancada do PAICV, na seqüência da não aprovação da proposta orçamental da Câmara Municipal da Praia para o ano de 2011, em sede da Assembleia Municipal, ocorrida na sessão da passada terça-feira, dia 28 de Dezembro, faz o seguinte pronunciamento público:

1. A não aprovação do Orçamento do Município da Praia para o ano 2011 é um facto de maior gravidade e obriga a todos os praienses, bem como a todos os segmentos políticos desta cidade capital, a uma reflexão crítica conjunta sobre a fragilidade política da Edilidade Camarária e, consequentemente, à sua responsabilização perante a situação. A solução de financiar as actividades através de duodécimos não só confirma a precariedade da conjuntura política, como não abonará a uma execução mais transparente e criteriosa dos dinheiros públicos à disposição do funcionamento camarário. Não sendo salutar que, por incapacidade e incúria da Edilidade, se instaure na Câmara Municipal da Praia o recurso de gestão por duodécimos, a Bancada do PAICV demanda do Executivo uma imediata posição política sobre a situação a todos os títulos gravosa e de lamentar;

2. Há, por trás da situação gravosa, uma evidente crise de liderança do Dr. Ulisses Correia e Silva, Presidente da Câmara Municipal da Praia, que não consegue manter a coesão no seu executivo camarário, nem consegue evidenciar apoio maioritário na Assembleia Municipal, condição essencial para a aprovação do Plano de Actividades, da Proposta Orçamental e dos actos da Governação local do Município da Praia;

3. Há também um claro abandono das responsabilidades camarárias do Dr. Ulisses Correia e Silva, ocupado que está, há mais de seis meses, em apoiar o seu partido, MpD, a fazer campanha eleitoral fora da época e a consolidar a sua posição partidária junto à actual liderança, situação que tem provocado vivo repúdio dos deputados municipais da Bancada do PAICV, de alguns membros da sua própria equipa executiva e da opinião pública praiense, em geral. Esta situação, para além de significar um desvio ético, indicia uma enorme falta de respeito para com os munícipes da Praia;

4. Há ainda indícios de más práticas na gestão camarária, através de graves denúncias feitas pelo Sr. Secretário da Assembleia Municipal, o que denota a tendência de corrupção e de gestão danosa da coisa pública municipal. Esta situação dá razão a uma Inspecção do Ministério das Finanças aos actos de gestão da Edilidade que parecem claramente brigar com o Regimento da Assembleia Municipal, o Estatuto dos Municípios e a Lei das Finanças Locais;

5. Mais do que fazer cair a Edilidade, por inédita irresponsabilidade política, recurso com enquadramento legítimo, de uma eventual moção de censura, em sede da Assembleia Municipal, a Bancada do PAICV exige um claro reassumir das responsabilidades do Dr. Ulisses Correia e Silva em cumprimento do mandato autárquico que detém e que, em nome dos valores mais altos da política e do serviço público, deverá ser cumprido, para o bem comum e o sentido da Municipalidade;

6. A crise interna no Executivo Camarário é clara e o Dr. Ulisses Correia e Silva tem a consciência de já não ter mãos sobre a sua equipa. Tão pouco conta ele com a maioria efectiva na Assembleia Municipal, o que fragiliza em muito a sua Presidência à frente dos destinos da Câmara. A última remodelação do executivo foi uma vã tentativa de apagar o fogo com combustível inflamável, algo que, directa ou indirectamente, intranqüiliza o cidadão municipal da Praia.
Diante desta gravíssima situação, tão gravosa quão danosa, pronunciamo-nos por uma censura pública contra a Edilidade dirigida pelo Dr. Ulisses Correia e Silva e exortamos esse Executivo, em nome dos mais altos interesses deste Município, a arrepiar caminho e a assumir politicamente os danos feitos aos praienses e ao Município, evitando assim o extremar de posições políticas que a situação se impõe.
A Bancada Municipal se propugna pelo diálogo, pela estabilidade e pela acção construtiva, mas assume, com lisura e firmeza, que a gestão do Dr. Ulisses Correia e Silva, já empobrecida de princípios e de ética, falhou redondamente na prática. A alternativa precisa-se!