quinta-feira, 25 de março de 2010

AS SOLUÇÕES QUE TARDAM

Cada vez que relembro das promessas feitas pelo MpD na Praia, sinto-me uma profunda tristeza, porque, volvidos quase dois anos de governação de Ulisses Correia e Silva, os munícipes não têm muito com que se contentar.
Sinceramente, acho que as soluções tardam a despontar. Disse alguém não quero acreditar que as maiores realizações estão guardadas para render votos. O Município da Praia está despido e faminto de obras e projectos, caminhando num ritmo muito lento, ante os mais diversos problemas que caracterizam esta Cidade Capital.

Com um orçamento “chorudo de biliões de escudos”, é de se esperar que a Praia estivesse, hoje, muito melhor. Em todos os domínios, o executivo anda a pôr paninhos quentes, protelando o início dos grandes projectos apresentados em tempos de campanha eleitoral. Apenas para citar o caso do Urinol, localizado na “Praça Alexandre Albuquerque”, cuja promessa de devolução restauração convenceu a muita gente. A verdade é que no orçamento de investimento da Câmara do MpD na Praia nada que indique a provisão de verbas para a reparação geral ou remodelação dessa infra-estrutura.

Ainda no leque de promessas, convém relembrar a Câmara do MpD na Praia, que os munícipes aguardam pacientemente pelas obras relacionadas com a construção das calçadas artísticas na Cidade da Praia, as da rua do mercado, bem como a colocação de um “stop” na circulação numa das ruas da cidade, transformando-a na primeira rua pedonal da Praia. Assim, é legítimo perguntar pelas obras que transformariam o mercado da Praia num mercado artesanal, bem como pela famosa feira da Praia que aglomeraria centenas de “rabidantes” nos fins de semanas e dias feriados.

Por outro lado, ao analisar, por exemplo, o comportamento da taxa de execução (realização) do orçamento investimento do ano de 2009, mais precisamente do sub programa relacionado com a Juventude e Desporto, orçado em 225.000.000.00 (duzentos e vinte cinco milhões de escudos), englobando os projectos de “apoio à formação profissional” (5.000.000.00), “gala de desporto ”(10.000.000.00), “centros de formação desportiva”(65.000.000.00), “centro da juventude” (20.000.000.00), equipamentos e infra estrutura desportiva (60.000.000.00), “promoção do associativismo juvenil”(9.000.000.00), apoio a formação superior no país (22.000.000.00), apoio à actividade desportiva (10.000.000.00), programa verão jovem (9.000.000.00), “fórum anual de ciência e tecnologia”(5.000.000.00), “fundo de apoio à aquisição de equipamentos e materiais desportivos”(10.000.000.00), é de se perguntar o que terá acontecido.
É coisa para perguntar onde está o conselho municipal de Juventude camarária criada com pompa e circunstâncias e repleto de promessas alegóricas? Que dizer agora aos jovens este município face ao silêncio absoluto da Câmara?

O supracitado montante orçado para a Juventude e Desporto permitiria realizar, uma gama de actividades se a Câmara do MpD tivesse atribuído a devida e merecida atenção para a problemática da juventude e desporto no nosso município. É pena que esse sub programa tenha sido descurado e relegado para um segundo plano, o que é estranho já que essa Câmara teoricamente fala tanto em nome da juventude e acaba por deixar os programas e projectos para jovens engavetados. Assim, é coisa para perguntar se as soluções tardam em chegar ou se o MpD não tem, de facto, soluções para o município da Praia.



Euclides Eurico Nunes de Pina

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