terça-feira, 8 de novembro de 2011

CONVOCATÓRIA: X SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA

1. No uso da competência que me é conferida pelo artigo 70º do Estatuto dos Municípios, aprovado pela Lei n.º 134/IV/95, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 147/IV/)95, datadas, respectivamente, de 03 de Julho e de 07 de Novembro de 1995, convoco para os dias 16, 17 e 18 de Novembro de 2011, a X Sessão Ordinária da Assembleia Municipal da Praia do mandato 2008-2012, com a seguinte proposta de ordem de trabalho:


1.1 Plano de Actividades do Município da Praia para o ano 2012;

1.2 Orçamento do Município da Praia para o ano 2012;

1.3 Proposta de Deliberação que autoriza a constituição do Fundo de Investimento Imobiliário;

1.4 Proposta de Deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superfície da Arena do Parque 5 de Julho, para a construção e exploração de uma sala de espectáculos;

1.5 Proposta de Deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superfície da “Caza Padja” do Parque 5 de Julho e áreas circundantes, para a construção e exploração de um Centro de Conferências.

1.6 Proposta de Deliberação que aprova a taxa de extracção de inertes;

1.7 Proposta de Deliberação que autoriza a concessão da área adjacente ao Estádio da Várzea para a construção de um Supermercado e espaços para escritórios a Calú &Angela;

1.8 Proposta de Deliberação que autoriza a constituição de direito de superfície de um terreno para a construção de um Complexo Multi-Uso Desportivo e Cultural em Achada de Santo António, mediante concurso público;

1.9 Proposta de Deliberação que autoriza a doação ao Governo de um tracto de terreno com a área de 3.890m2, em Ponta d’Água, para a construção de Habitação de Interesse Social do Programa Casa para Todos;
1.10 Proposta de Deliberação que autoriza a constituição de direito de superfície de um terreno para a construção de um Centro de Alto Rendimento de Ténis;


1.11 Proposta de Deliberação que autoriza a doação ao consórcio Mota Engil/CPR de terrenos para a construção de habitações a custos controlados;

1.12 Proposta de Deliberação que autoriza a entrada da Câmara na Empresa EMEP- Empresa de Mobilidade e Estacionamento da Praia, SA;

1.13 Proposta de Deliberação que cria o Dia do Imigrante no Município da Praia;

1.14 Declaração sobre a Autoridade Municipal.

2. A Sessão terá lugar no Auditório Quim Quim Ribeiro, localizado no Centro de Estágio da Federação Cabo-verdiana de Futebol, em frente ao Palácio do Governo.

3. A proposta de horário dos trabalhos é a seguinte:

- Abertura: 9:00;

- Pausa para almoço: 12:30;

- Reinicio dos trabalhos: 14:30;

- Encerramento: 18:00.

4. O período antes da ordem do dia, terá lugar no dia 16 de Novembro às 9:00 e será destinado primeiramente, à intervenção dos munícipes para submissão ao plenário das suas preocupações, seguida da intervenção dos deputados municipais e dos integrantes da Câmara Municipal.



Praia, 31 de Outubro de 2011



A Presidente da Mesa da Assembleia Municipal


Filomena Maria Frederico Delgado Silva


domingo, 6 de novembro de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: SANEAMENTO, O CALCANHAR DE AQUILES DA CMP

Contentores cheios, passeios e ribeiras sujas, animais e até pessoas a mexer no lixo. Eis alguns dos cenários identificados por quem vive na Cidade da Praia, quando se fala de saneamento. Uns culpam a autarquia. Outros a própria mentalidade da população.
FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CONFERENCIA DE REPRESENTANTES

Uma conferencia de representantes realizada no passado dia 26 (quarta-feira) agendou a próxima Sessão Ordinária da Assembleia Municipal para os próximos dias 16, 17 e 18 de Novembro e aprovou a seguinte ordem do dia:


1. Orçamento para 2012

2. Plano de Actividades para 2012

3. Aprovação de Declaração sobre a Autoridade Municipal

4. Proposta de deliberação que autoriza a constituição do Fundo de Investimento Imobiliário

5. Proposta de deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superfície da Arena do Parque 5 de Julho para a construção de uma sala de espectáculos

6. Proposta de deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superfície da “Caza Padja” do Parque 5 de Julho e áreas circundantes, para a construção e exploração de um Centro de Conferências

7. Proposta de deliberação que aprova taxa de extracção de inertes

8. Proposta de deliberação que autoriza a concessão da área adjacente ao Estádio da Várzea para a construção de um Supermercado e espaços para escritórios a Calú&Angela

9. Proposta de deliberação que autoriza a constituição de direito de superfície de um terreno para a construção de um Complexo Multi-Uso Desportivo e Cultural em Achada Santo António, mediante concurso público

10. Proposta de deliberação que autoriza a doação ao Governo de um tracto de terreno com a área de 3.890m2, em Ponta d’Água, para a construção de HIS do Programa Casa para Todos.

11. Proposta de Deliberação que autoriza a constituição de direito de superfície de um terreno para a construção de um Centro de Alto Rendimento de Ténis.

12. Proposta de deliberação que autoriza a doação de terrenos para a construção de edifícios destinados à habitação de standing médio em Eugénio Lima, Vila Nova e Ponta d’Água, mediante contrapartidas sociais

13. Entrada da Câmara na Empresa EMEP



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DO PAICV, DR. JOSÉ MARIA NEVES, POR OCASIÃO DA ABERTURA DO ANO PARLAMENTAR EM SESSÃO DO GRUPO PARLAMENTAR DO PAICV

Senhor Presidente da Assembleia Nacional;


Senhor Líder do Grupo Parlamentar do PAICV;

Senhoras e Senhores Deputados;

Senhoras e Senhores Membros do Governo;

Senhoras Embaixadoras, Senhores Embaixadores

E Representantes dos organismos internacionais;

Caras convidadas, caros convidados;

Caros amigos, caras amigas;



Permitam-me, no início destas palavras, duas homenagens relacionadas com este grande Partido Africano para a Independência de Cabo Verde e com esta Nação Cabo-verdiana que nos olha com grandeza histórica. A Primeira, para honrar a memória saudosa e gloriosa do Presidente Aristides Maria Pereira, fundador do PAIGC, ao lado de Amílcar Cabral, e do PAICV, que tanto legou prestígio e auto-estima ao Povo de Cabo Verde, como Primeiro Presidente da República.



E a segunda, para prestigiar a figura de Pedro Verona Pires, o Presidente da República cessante e primeiro Chefe do Governo Cabo-verdiano, também ele Combatente pela Liberdade da Pátria e líder do Partido, pelos altos serviços prestados ao Estado e ao Povo de Cabo Verde, mérito assinalado pela Fundação Mo Ibhraim que acaba de o agraciar com tão significativo prémio internacional.



Nos últimos dias temos recebido boas notícias em Cabo Verde. Cabo Verde está no ranking dos países mais bem governados em África, Cabo Verde é dos cinco países mais reformadores do mundo em termos do Doing Business, as referencias sobre a democracia cabo-verdiana, as liberdades económicas, a liberdade de imprensa, as notícias sobre o desempenho macro-económico de Cabo Verde e sobre as principais parcerias tem sido boas notícias, boas novas para Cabo Verde nos últimos dias. Obras desta maioria, deste Governo. E, um Governo em Democracia, todos sabemos, governa em diálogo. O Governo que governa, também o faz em diálogo com a sociedade, com os cidadãos, com os outros órgãos de soberania, com as empresas, com os sindicatos, com as Igrejas, para construirmos os consensos que são necessários para que o país possa continuar a receber boas novas, boas notícias.



É uma honra, para mim, ser líder deste grande Partido, desta maioria, este património fundado e liderado por figuras que transcendem este tempo e que amaram de forma consequente Cabo Verde. É uma honra, para mim, ser líder deste grande colectivo que diz presente ao passado e ao futuro de Cabo Verde e é um prazer estarmos hoje juntos, meus Amigos e Camaradas.



Nesta hora, é meu dever apelar a todos os Camaradas à unidade e à coesão, não só em tributo maior aos grandes do Partido, mas em coerência e consonância com os desígnios maiores e mais elevados que é o Desenvolvimento de Cabo Verde. Somos o Partido da Independência e da Democracia. Sejamos em consequência o Partido do Desenvolvimento, da transformação de Cabo Verde.



As palavras de ordem são unidade e coesão. E o objectivo principal é liderarmos, nesta segunda década do século XXI, a Boa Governação, a Agenda de Transformação e o Desenvolvimento. Termos partido cada vez mais disposto e motivado para continuar a liderar o processo democrático e do desenvolvimento de Cabo Verde. Unido, coeso e dinâmico, não se desviando dos seus princípios e valores, e dos seus ideias de futuro para esta Nação. Antes dos nossos caprichos e interesses individuais está a realização do bem comum, estão os compromissos que assumimos com todas as cabo-verdianas e os cabo-verdianos.



Neste início do ano parlamentar, quero abrir este encontro com um grande abraço, um abraço amigo, alargado a todos os cabo-verdianos – os residentes nas ilhas e os residentes na Diáspora -, irmãos desta mesma aventura crioula, unidos na diversidade, unos na pluralidade, de amarmos Cabo Verde, antes e acima de tudo. Quero, consciente da força da unidade e da convergência, abraçar de coração cada cabo-verdiano e dizer-lhe, com toda a morabeza que este é mais um momento importante para Cabo Verde.



Em todos os grandes momentos do processo histórico de Cabo Verde, os cabo-verdianos souberam estar juntos, convergentes e sintonizados com a sua época. Amílcar Cabral, na sua humildade e genialidade, dissera: «Eu sou um simples africano que quis saldar a sua dívida para com o seu povo e viver a sua época».



E nós, cabo-verdianos temos sabido estar juntos, convergentes e sintonizados em cada época determinante para a História de Cabo Verde. Foi assim na Luta de Libertação Nacional em prol da nossa autodeterminação e Independência. Provámos ser assim, depois de 1975, para a consolidação da soberania e o arranque da reconstrução nacional. Confirmámos ser assim nos anos noventa com a instauração da Democracia e a promoção dos fundamentais do Estado de Direito. E queremos que assim seja neste importante momento em que nos desafia o Desenvolvimento.



E o Desenvolvimento, assim como o foram a Libertação, a Reconstrução Nacional e a Democracia, é uma tarefa gloriosa para todos e que exige a participação, bem como o sacrifício, de todos. Exige sentido de causa e noção de consequência. Demanda esperança no futuro e abnegação no presente. Obriga à postura da sementeira e à lisura da colheita.



Gradativamente vamos crescendo, não em sacrifício da sociedade, mas melhorando as condições de vida das pessoas, para que tenhamos condições, a cada etapa, para infra-estruturar mais o país, de modernizar mais a administração pública, de reduzir mais a pobreza e de dar mais qualidade de vida a todos os cabo-verdianos.



É essencial percebermos que ser País de Desenvolvimento Médio não é o fim de um processo, mas o início de um longo caminho que Cabo Verde terá de percorrer, com espírito patriótico de coesão e de unidade, até ao Desenvolvimento. Nós somos País de Desenvolvimento Médio, mas de renda baixa. Temos ainda um longo percurso a fazer enquanto País de Rendimento Médio, juntos para podermos alcançar o patamar dos países desenvolvidos.



Nesta segunda década do século XXI, o Desenvolvimento convoca todos os cabo-verdianos. Os frutos e os custos de Desenvolvimento de e para todos. Semearmos juntos e colhermos juntos. Nesta hora, temos de produzir mais do que consumimos, temos de igualar a dinâmica dos nossos direitos à dinâmica dos nossos deveres, precisamos de uma outra ética de trabalho, de eleitor, de político, de contribuinte e de empreendedor. Uma outra postura, mais colaborativa que assistencialista em relação ao Estado. Uma outra responsabilidade em relação à causa colectiva e à coisa pública. Vamos juntos – governantes, partidos, igrejas, sindicatos, empresários, activistas sociais, artistas e criadores, trabalhadores de sectores diversos, comunidades emigradas, estudantes e professores, profissionais liberais e funcionários do sector público – fazer um pacto social e económico para o fortalecimento da economia cabo-verdiana, nesta hora, em que é preciso garantir a irreversibilidade da dinâmica do crescimento económico.



Vamos passar a palavra aos amigos, familiares, vizinhos, colegas, camaradas e adversários políticos, vamos disseminar a palavra pela enorme praça democrática que é Cabo Verde, em concertação social e em consenso amplo e alargado, de que estamos a formular um pacto em prol do Desenvolvimento.



Estamos todos numa grande encruzilhada de como agir, em prevenção, para que a crise global não provoque danos irreversíveis à dinâmica do crescimento económico de Cabo Verde. Nos próximos dias, começaremos os diálogos estratégicos para dimensionarmos os impactos da crise internacional e agendarmos as medidas que se impõem. Não tenhamos ilusões. Esta crise é global, apanhando uns mais do que outros, mas exigindo respostas de todos. E é responsabilidade de todos – e não apenas daqueles que intervêm na esfera da Governação – responderem, em contracíclo, às ameaças de desacelerações e de recessões económicas em cadeia. É responsabilidade de todos aumentarmos a imunidade em relação à crise.

O mundo enfrenta neste momento esta grande crise. Algumas economias entraram em desaceleração e as tensões sociais e laborais são hoje parte das notícias internacionais. Medidas estruturais, planos de austeridade, pactos sociais e contracção das despesas. Algumas angústias e muitas incertezas. Todos os países estão directa ou indirectamente sob o impacto desta crise global e sistémica.

Cabo Verde, pela sua crescente integração mundial e pela sua proximidade de cooperação com os países em crise, estando a sua economia a eles sincronizada, não está imune aos efeitos da crise. Temos de fazer algumas perguntas e buscar respostas assertivas em relação ao problema. Como é que a crise irá evoluir e quais são os cenários possíveis? Qual será o impacto sobre Cabo Verde e a sua agenda de transformação? Qual deve ser a resposta da nação para minimizar os impactos e, se possível, como tirar proveito de eventuais oportunidades?

Temos de tomar medidas de prevenção. Fazer ajustes antes que cheguemos tarde aos efeitos avassaladores da crise. Sem fatalismos, nem dramatismos, até porque os indicadores não são críticos, nem recessivos, mas firmes e com sentido de prudência. Tomando as medidas profiláticas claras e correctas em tempo útil. E o tempo útil é agora. Este Cabo Verde não é uma ficção, mas um país real, onde milhares de pessoas, do levantar ao pôr-do-sol, labutam para construir uma vida melhor. Vamos construí-lo dor a dor.

E temos a oportunidade, já no debate do Orçamento de Estado de 2012 desta maioria, de forma inovadora, esboçar políticas públicas consistentes para fazer face a este momento crucial e decisivo para Cabo Verde.

A crise não acontece por acaso. É como uma doença que só se instala em nós se nos apanhar com baixa imunidade. Quando consumimos mais do que produzimos, quando a loja dos nossos produtos fica às moscas e o balcão dos nossos serviços ninguém procura. Quando queremos comer hoje todo o milho da sementeira e comprometer a cachupa de amanhã. Quando perdemos a dimensão de que a colheita de amanhã, como naquela música de Cacá Barbosa, exige a sabedoria, o sacrifício e a coragem de «skodje gran di simenti, kodje padja runho i tadja korbu pa ka impata lugar».

Em verdade, a crise não vem só. Ela vem e se instala quando se produz sem qualidade, quando se perde a competitividade quando se gasta por conta, quando se esbanja sem critério, quando não se regula o mercado, quando se acentuam as desigualdades e quando a política não dá segurança aos agentes económicos, nem satisfaz as demandas dos cidadãos.

A crise acontece quando as pessoas trabalham pouco e vivem acima dos seus meios. Não podemos aumentar artificialmente a nossa qualidade de vida hoje, pelo endividamento, empobrecendo o amanhã e comprometendo o bem-estar dos nossos filhos e netos. Para que tal não aconteça, temos de pagar o nosso consumo, sustentar o nosso bem-estar e investir na prosperidade sustentável. Não nos esqueçamos que não se tem riqueza sustentável, distribuindo dividendos de forma imediatista, mas trabalhando para que se atinja a irreversibilidade do crescimento e o ponto dinâmico do Desenvolvimento.

Não tenhamos ilusões e assumamos a convergência global de prevenção aos males que por aí rondam. Precisamos, em sede de concertação social, de um pacto económico e social entre o Governo, os sindicatos e os empresários, um plano de concertação estratégica para a legislatura corolário da construção de consensos em prol de medida anticíclicas com os partidos políticos e com a sociedade civil.

Passem a palavra de que não podemos desaproveitar as oportunidades desta conjuntura mundial. Há oportunidades também na actual conjuntura, se juntos, optimizarmos as nossas potencialidades e capacidades. Neste momento que o capital se deslocaliza é preciso que tenhamos condições mais atractivas para captar investimentos. Neste tempo que as indústrias se deslocalizam temos de aumentar a capacidade de criar, de inovar, a produtividade, a eficiência das empresas e da economia. Temos de atrair os interesses dos empreendedores internacionais que querem um lugar seguro, estável e produtivo para expandir os seus investimentos. Este lugar pode ser Cabo Verde, este lugar queremos que seja Cabo Verde!

Temos de melhorar a eficiência energética, depois de termos electrificado 95% do território nacional. Os investimentos estão feitos, novas centrais entram em funcionamento e damos luta ao desvio de energia. E aqui a responsabilidade é de todos. Duplicamos a capacidade de produção energética nos últimos anos. De 50 por cento passamos para 95 por cento de electrificação do país. Estamos a fazer grandes investimentos e estamos a cumprir as nossas metas e os nossos compromissos internacionais. No horizonte de 2012 teremos 25 por cento de penetração de energias renováveis, cumprindo assim a nossa meta de em 2020 atingirmos 50 por cento penetração de energias renováveis. Estamos a reestruturar a ELECTRA, a criar novos mecanismos de gestão e de organização do trabalho, estamos a criar novos mecanismos de cobrança, temos de negociar com as autarquias locais a resolução do problema de iluminação pública, e temos de combater, decididamente, o roubo de energia.

O Governo tem a responsabilidade de fazer a sua parte, a maior responsabilidade. Mas também, cada cabo-verdiana, cada cabo-verdiano tem uma grande responsabilidade, as empresas, a sociedade civil, os políticos cabo-verdianos. Não podemos continuar a tratar essa questão com a demagogia de sempre ou com preconceitos político-partidários ou outros. Temos de ter sentido de Estado e responsabilidade no tratamento desta questão que é essencial para a competitividade do país, cada um cumprindo as suas responsabilidades. E estamos a trabalhar para estabilizar a situação e no inicio de 2012 ter o essencial dos problemas resolvidos.

Temos de melhorar ainda mais o nosso ambiente de negócios para invertermos o quadro da retracção dos investimentos oriundos dos países em crise. Temos de garantir mais segurança pública, investindo mais em práticas sociais positivas e colocando mais ordem nas ruas, ao mesmo tempo que adaptamos as estruturas judiciais, policiais e outras para dar respostas à delinquência. Temos de mostrar intolerância para com os prevaricadores e deixar uma mensagem clara de que, em Cabo Verde, o crime não compensa. As liberdades e a democracia só florescem na lei e na ordem. E o desenvolvimento só se impõe no regime dos direitos e deveres de todos e para todos.

Cabo Verde precisa dar o salto, a partir desta nova disciplina de Desenvolvimento. De responsabilização de todos pelos seus actos. Do assumir da responsabilidade perante a realidade do país. Um país real que merece a nossa atenção, a nossa responsabilidade e o nosso amor. Um país de mulheres e homens valorosos que semeiam em face da chuva irregular, que pescam mesmo que o mar esteja cavado e que mandam os filhos à escola «ta bendi pastel pa kumpra papel», como cantou Zeca di Nha Reinalda. Vamos construí-lo amor a amor. O desenvolvimento é uma questão de atitude, de comportamento, enfim, de cultura. Para haver desenvolvimento é preciso haver cultura de desenvolvimento.

Neste Cabo Verde real, do nosso amor incondicional, é imprescindível definirmos claramente as nossas prioridades. Não falo aqui das prioridades apenas para o Governo ou para a maioria do PAICV, mas o desígnio de todos os cabo-verdianos. O crescimento é a prioridade nacional nesta etapa histórica do Desenvolvimento.

Estamos a crescer a 6%, acima da média mundial, da média africana e da média dos Países de Rendimento Médio. O mais importante, neste momento, é continuar a crescer e a crescer com qualidade e de forma sustentada como estamos a fazer aqui e agora.

Mas, precisamos crescer mais e melhor. Para deixarmos de ser um PDM de renda baixa. Continuar o crescimento, em estabilidade e pacto social. Acelerar o crescimento para erradicarmos a pobreza, promovermos o emprego e assegurarmos o desenvolvimento social.

Desafiar este crescimento, através da inovação e da ousadia. Impor à dinâmica deste crescimento a competitividade da consolidação das vantagens comparativas e a introdução das vantagens competitivas para mais eficiência da nossa economia. Priorizar a economia verde, com centralidade na eficiência energética e na introdução das energias renováveis, e na agenda azul, com a materialização do Cluster do Mar. Incorporar os valores da Caboverdianidade, que trazem na génese e no bojo o vector da ousadia e da aventura na busca das melhores condições de vida, para encontrarmos os factores endógenos para o Desenvolvimento.

Ousarmo-nos e inovarmo-nos, com aquela «loucura visionária» como foi o vaticínio de Steve Jobs, em trazer novas pedras para a edificação do país, pedras do conhecimento científico, das novas tecnologias informacionais e das indústrias criativas. Pedras de novos paradigmas do turismo e da energia. Pedras do futuro que podem ser reinventadas na basáltica realidade que medra do chão nacional. Pedra transformacional para este nosso Cabo Verde. Vamos construí-lo pedra a pedra.

Neste momento, o País acelerou o crescimento e os emigrantes aumentaram as suas remessas. Escrutinamos as indústrias criativas e a economia da Cultura, agendamos o Cluster do Mar e das Tecnologias, requalificamos a nossa oferta Turística e melhorámos o nosso sistema educativo a todos os níveis. Vamos redimensionar a nossa política externa e fidelizar novas parcerias internacionais. Melhorar ainda mais o Doing Business, o ambiente de negócios. Atrair conhecimento e competência para transformar Cabo Verde.

Por uma nova etapa da agenda de transformação, pois. Por um novo tempo, com certeza. Este grande Partido, uma vez mais, estará à altura do desafio. Outrora Independência, outrora Reconstrução Nacional, depois liberdades Democracia e Estado de Direito. Agora, Desenvolvimento – não desenvolvimento médio, caros amigos -, mas Desenvolvimento em toda a acepção da palavra. Nas últimas eleições legislativas assumimos individual e colectivamente grandes compromissos com os cabo-verdianos e, juntos, temos o dever ético de cada um de nós trabalharmos para a execução desses compromissos



A principal missão do Grupo Parlamentar é corporizar o desígnio da nação cabo-verdiana em prol do Desenvolvimento, através da agenda de transformação. É uma missão nobre e gloriosa, respondendo ao Cabo Verde profundo, de que o PAICV tem sido, desde sempre fiel intérprete. Daí o nosso orgulho de sermos deputados do PAICV, daí o nosso orgulho de sermos deputados desta maioria. Daí o nosso orgulho de termos cumprido o nosso dever ético de dar ao cabo-verdiano o que mais ambiciona, o desenvolvimento.



É uma missão que exige mais unidade entre nós, mais espírito de luta, mais convicção de que o Partido e Cabo Verde estão no bom caminho, mais presença dos deputados da maioria e dos militantes na comunicação social e nos fóruns de debates de ideias, mas também mais presença junto das populações para ajudá-las a resolver os problemas que lhes afligem. Esta missão exige de todos nós, deputados nacionais e municipais, Câmaras e governo, que funcionemos com a mesma visão de transformar Cabo Verde sem pôr em causa os valores que sempre informaram o PAICV. E, o grupo parlamentar, os deputados são protagonistas fundamentais, na sustentação do Governo e na realização por via das reformas legislativas e do seu combate político, da agenda de transformação de Cabo Verde



O Governo quer uma interacção mais permanente e intensa com o Parlamento. Estou disponível para acertar encontros regulares, numa base mensal, para debate sobre as principais questões nacionais, aliás, na linha da constituição, e trabalhar com todos os parlamentares de todos os partidos políticos na busca de consensos e de soluções para os principais problemas de Cabo Verde.



Passem a palavra – porta a porta, boca a boca, por telefone e por mantenha – que estamos a transformar Cabo Verde. Passem a palavra, Jovens de todas as idades – pelo Facebook, Twitter, Hi5, Youtube e My Space – que estamos a modernizar Cabo Verde. Passem a palavra, Cabo-verdianos de todas as ilhas e de todas as comunidades emigradas – com amor, com fé e com coragem – que estamos a construir hoje o futuro de Cabo Verde. Passem a palavra que nós estamos orgulhosos de ser PAICV.



Uma reengenharia política que se emerge de uma nova postura perante Cabo Verde. Uma nova forma de abraçar Cabo Verde. Por isso, termino com o mesmo abraço. Um abraço amigo, alargado e concêntrico, para todos os cabo-verdianos – os residentes nas ilhas e os residentes nas comunidades emigradas -, irmãos desta mesma aventura crioula, hoje irmanados neste sonho comum de fazer de Cabo Verde um grande país.



Viva Cabo Verde!

Viva o PAICV!

Viva os deputados do PAICV!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CONVITE: GRUPO PARLAMENTAR DO PAICV

O Grupo Parlamentar do PAICV tem a honra de convidar a todos a tomarem parte no acto de abertura do novo ano parlamentar, pela 17H00, de hoje, no salão de banquetes da Assembleia Nacional. A cerimonia será presidida pelo Presidente do PAICV, Jose Maria Neves.

Participe

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Nota de Imprensa

A Bancada Municipal do PAICV no Concelho da Praia, no âmbito do seu programa de visitas aos serviços desconcentrados, irá efectuar, no próximo dia 13 de Outubro, quinta-feira pelas 15H30, uma visita às instalações da Direcção Geral dos Transportes Rodoviários, na zona industrial de Tira-Chapeu, a fim de se inteirar da actual situação dos transportes públicos na Cidade da Praia.




Convidamos a COMUNICAÇÃO SOCIAL a dar cobertura à nossa visita.

Contamos com a vossa colaboração de sempre!

domingo, 18 de setembro de 2011

MAS VALE TARDE DO QUE NUNCA

Depois de em Fevereiro (no calor da campanha) ter defendido que a Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde NÃO DEVERIA SER CONSTRUIDO NA CIDADE DA PRAIA, Ulisses Correia e Silva foi visitar esta escola na Sexta-Feira passada, teceu rasgados elogios, reconheceu a importância da sua construção e prometeu apoiar financeiramente os alunos desta instituição.


Há, no meu ponto de vista algumas lições a tirar deste caso, que um político tão experiente como Dr. Correia e Silva já deveria saber:

Um político não deve facilmente ceder a tentação do momento e deixar-se cair nas teias no populismo barato.

Vivemos numa era em que tudo que um político diz ou faz é susceptível de ser gravado e tornado público no mundo inteiro, por isso a ética, a coerência, a sensatez, a SERIEDADE e a prudência não devem ser meras palavras de ocasião.


Mas pronto, pelo menos já reconheceu e corrigiu o erro. MAS VALE TARDE DO QUE NUNCA.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CONVITE

A Comissão Política Regional de Santiago Sul, têm a honra de convidar a V. Excia a participar numa Assembleia de militantes, simpatizantes e amigos do PAICV, que terá lugar Sexta-feira, dia 16 de Setembro, pelas 17h00, no Salão de banquetes da Assembleia Nacional. O acto será presidido pelo Presidente da CPRSS Cda Felisberto Vieira (Filú) e pelo Vice-Presidente do PAICV Cda Basilio Mosso Ramos.



A tua presença é de grande importância para o PAICV.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PORQUE SERÁ?

PORQUÊ QUE A CÂMARA MUNICIPAL PERMITE A VENDA AMBULANTE DE CARTÕES DE CARREGAMENTO MOVEL, NA VIA PUBLICA (ROTUNDA DE SUCUPIRA, RUA DO HOSPITAL A GOSTINHO NETO, AVENIDA AMILCAR CABRAL, RUA 5 DE JULHO, ETC.) E NÃO PERMITE A VENDA DE FRUTAS, LEGUMES, PEIXES OU ROUPAS CHINESAS?


HÁ ALGUM ACORDO COM AS OPERADORAS DE SERVIÇO MÓVEL?

ESTE TIPO DE VENDA AMBULANTE TRAS ALGUM BENEFICIO À IMAGEM DA CIDADE?

sábado, 13 de agosto de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA:Vladmir Ferreira alerta para o “deficiente” transporte público na capital

A população da cidade da Praia está a sofrer com a penúria dos transportes públicos conjugada com a má qualidade de paragens e abrigos, denuncia o líder da bancada municipal do PAICV. Vladimir Ferreira adianta que há um empresário que manifestou a sua preocupação para resolver este problema mas que o processo continua sem resposta na Câmara Municipal, conta o ‘tambarina’ em conferência de imprensa onde também classificou a recolha de lixo na capital como “deficiente”. “Há três meses fomos contactados por um empresário nacional que tem um projecto onde vai investir cerca de oitenta mil contos para a implementação de uma empresa de transporte público na cidade. Numa primeira fase, para a aquisição de 12 novos autocarros. Há quase dois anos que o processo está empatado na Câmara que não concedeu a licença de alvará a este empresário".




Aliás, "já há um pré acordo entre esse empresário e uma empresa de importação de automóveis para a aquisição dos autocarros e colocá-los a funcionar”, conta o líder da bancada municipal do PAICV. Vladimir Silves Ferreira acrescenta que “com a falta de autocarros e as múltiplas manifestações, trata-se de uma necessidade de urgência. A Câmara estará a defender interesses de quem? Dos munícipes é que não ”.



Mais: “Há cerca de três meses visitamos as duas empresas de transportes públicos, a Moura Company e Sol Atlântico. Verificámos que há falta de diálogo entre estas duas empresas. Obviamente há concorrência desleal e outros problemas, mas, pergunte-se: por que é que não há um pacto social comum? Porque não se juntam onde podem ser mais fortes, por exemplo, na manutenção dos automóveis e não serem concorrentes em tudo?”



Vladmir entende que essa concorrência desleal acontece por falhas no mercado já que, diz, “há linhas desactualizadas em vários bairros, outras deficitárias, e nalgumas zonas funciona um único autocarro”. Isto não se deve à falta de segurança em certos bairros? “Se há problemas de segurança, não é cortando o transporte aos cidadãos que se vai resolver este problema. Há várias maneiras de o solucionar como mais alarmes e comunicação entre a polícia e os condutores de autocarros”, responde Ferreira.

Uma outra questão levantada pelo líder municipal do PAICV tem a ver com a “deficiente” recolha de lixo na capital. “O senhor presidente anda num bom carro que comprou por cerca de oito mil contos. O nosso lixo merece andar condignamente, a recolha de lixo tem sido feita em carrinhas de caixa aberta. Trata-se de uma questão saúde pública. Acredito que não é por falta de recursos já que a Câmara dispõe de um orçamento de quase três milhões de escudos. Não me lembro de nenhum investimento nesse sentido”.

FONTE: ASEMANA

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conferência de Imprensa

A Bancada Municipal do PAICV no Concelho da Praia, vem por este meio convidar a comunicação social a estar presente numa conferência de imprensa a ser realizada amanha, dia 12 de Agosto, pelas 10 Horas, na Sede do PAICV, no Plateau, para apresentar o seu posicionamento público em relação às seguintes questões:




· Falta de auto-carros para transporte publico na Praia

· Perturbações no sistema de recolha de lixo e no serviço de saneamento



Contamos com a vossa colaboração de sempre!



Vladmir Silves Ferreira

quarta-feira, 29 de junho de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: PAICV preocupado com atraso na planificação da época das chuvas

líder da bancada municipal do PAICV na cidade da Praia, Vladimir Silves Ferreira, denunciou esta terça-feira, Vlademir Silves Ferreira, manifestou a sua preocupação para com o atraso na implementação de um plano de preparação e prevenção da época das chuvas.


Vladimir Silves Ferreira, que falava numa conferência de imprensa, adiantou que qualquer projecto que tenha a ver com as chuvas deveria ser aprovado a tempo e hora, nomeadamente em Fevereiro e Março e não em "cima de hora".



"Após vários contactos com munícipes de várias localidades do concelho, fomos interpelados sobre a ausência de uma acção planificada para a actuação na época da chuva. Tendo isso em conta, é nosso dever alertar a autarquia pelo atraso com que se iniciam os trabalhos de limpeza das valas e drenagem de água", realçou o líder da bancada do PAICV (oposição).



Ainda de acordo com o líder "tambarina" na assembleia municipal (AM), "é preocupante" a relação entre a Electra e a Câmara Municipal da capital.



A Electra, segundo Vladimir Ferreira, reclama da Câmara uma dívida de cerca de 46 mil contos resultante da água distribuída nos chafarizes e que é paga pela população quando se abastece.



"Se a Câmara recebe, é suposto que transfira esse dinheiro à Electra. É verdade que esta empresa tem também dívidas para com a autarquia, mas o grosso de calotes diz respeito a todos os municípios e tem a ver com o espaço aéreo e a iluminação pública", sustentou.



Silves Ferreira indicou, por outro lado, que este é um tipo de negociação que deve ser feita com todos e não apenas com um município. Por isso, nesta questão, avança como proposta o diálogo para uma solução que convém a todos.



"Nos últimos tempos, a Câmara tem tido alguns problemas com a recolha do lixo em algumas zonas, nomeadamente Prainha e Palmarejo, onde esta está sendo feita por uma viatura de caixa aberta não recomendada para esse tipo de trabalho", concluiu.

FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS

segunda-feira, 27 de junho de 2011

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

A Bancada Municipal do PAICV no Concelho da Praia, vem por este meio convidar a comunicação social a estar presente numa conferência de imprensa a ser realizada amanha (dia 28 de Junho) pelas 10 Horas, na Sede do PAICV, no Plateau, para apresentar o seu posicionamento público em relação às seguintes questões:

• Plano de preparação e prevenção da época das chuvas.

• Relação CMP/Electra.

• Perturbações no sistema de recolha de lixo



Contamos com a vossa colaboração de sempre!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NONA CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA CAMARA MUNICIPAL DA PRAIA

Exmo. Senhor

Presidente da Câmara Municipal da Praia,

Depois de ter encaixado a maior derrota de sempre do seu partido na Capital, nas últimas legislativas, em que se envolveu de corpo e alma, Vossa Excelencia, mudou radicalmente de estratégia e de rumo de forma a procurar salvar-se nas próximas eleições autarquicas.

Tem apostado na realização de pequenas obras de construção e inauguração em tempo record, retomou a sua agenda de visita às localidades e presidências abertas, sempre que pode tenta explorar mediática e populisticamente todas as ocorrências em termos de violência urbana e problemas de abastecimento de energia e água, tem procurado descolar-se do MPD e seu lider e até do próprio candidato apoiado por este partido nas presidenciais.

Senhor Presidente,

Informações sobre uma sondagem recentemente realizada indicam que, se as eleições municipais fossem hoje (Segunda quinzena de Abril), Vossa Excelência renovaria o seu mandato, vencendo com 60 por cento dos votos, caso concorresse sozinho ou contra um candidato desconhecido. Porém, é obvio que não vai concorrer nem sozinho, nem contra um desconhecido e as eleições autárquicas só irão acontecer dentro de um ano.

Já lhe tínhamos dito antes que sempre respeitamos as sondagens (ou estudos) de opinião embora sejam como as fotografias, pois apenas representam o estado de espírito dos inquiridos naquele preciso momento. O valor das sondagens reside no facto de nos fornecer pistas e indicadores (a meio percurso) que nos permitem tirar ilações sobre a “verdadeira” percepção do eleitorado, sobre o desempenho dos poderes públicos, dando assim a oportunidade a estes de ajustarem os seus planos, programas e acções em função das expectativas do povo que os elegeu.

As sondagens oferecem-nos uma bateria de informações cujo cruzamento entre si pode gerar variados resultados e consequentemente, também várias interpretações possíveis.

Não temos a pretensão e a arrogância de assumirmos como os “portadores da verdade absoluta” e que a nossa leitura e interpretação dos (poucos) dados disponíveis seja única possível. Apenas é nossa intenção, mais uma vez, alertar o Senhor Presidente da Câmara e os munícipes em geral para o facto de que OUTRAS LEITURAS ou interpretações e outras ilações alternativas podem ser tiradas dos dados apresentados na comunicação social sendo todas igualmente legítimas.

Sempre afirmamos que a nossa câmara tem uma equipa de vereadores com muitos desequilíbrios. E esta sondagem vem apresentar-nos um quadro ainda pior, pois o índice de popularidade destes “ilustres desconhecidos” baixou consideravelmente se compararmos com os dados da sondagem de 2009. Portanto, não deve embandeirar-se em arcos ou como se costuma dizer “dormir à sombra da bananeira” porque o que parece pode não ser o que é!



Senhor Presidente,



Vossa Excelência realizou, no passado dia 8 de Junho, um “fórum” sobre a problemática do abastecimento de água na Capital. Nós aplaudimos a iniciativa e fizemos questão de estar presentes para também darmos o nosso contributo. O debate, em democracia, é um dos meios privilegiados de esclarecer a opinião pública, de troca de pontos-de-vista e de criação de consensos.

Da mesma forma que a Câmara se mostrou interessada em debater a questão do abastecimento de agua, há muitas outras matérias também importantes e que deveriam ser debatidas, nomeadamente, o ineficiente serviço de transportes públicos na capital, a questão dos solos, urbanismo, saneamento, definição de uma politica cultural com objectivos e prioridades bem definidos, etc.

Apesar de ter sido realizado numa hora pouco propicia à participação dos munícipes que trabalham e ganham a sua vida de forma honesta, a sala esteve completamente cheia, o que demonstra que os cidadãos estavam interessados em receber mais esclarecimentos.

Mas tudo não passou de uma grande encenação com o simples objectivo de cumprir uma agenda mediática pré-definida por Vossa Excelência. Debater a problemática da distribuição de água na Praia sem incluir a ELECTRA no painel de palestrantes, que é única empresa que gere e abastece a Cidade é, no mínimo, POUCO SÉRIO.

É do conhecimento público que a relação entre a CMP e a ELECTRA não tem sido as melhores. Perdemos uma boa oportunidade de ver esclarecida e resolvida esta questão pois os munícipes estão a ser prejudicados com estas quezílias desnecessárias.

Para além da relação ELECTRA/CMP há um conjunto de questões que carecem de uma análise mais profunda, nomeadamente: que modelo de gestão para a ADA (Empresa Municipal de Abastecimento de Água aos Chafarizes da Capital) de forma a torna-la sustentável? Que papel cabe a ARE (Agencia de regulação económica) na fixação e fiscalização dos preços de comercialização da água?

É preocupante para todos nós a constatação (segundo os dados apresentados pela própria CMP) de que o concelho da Praia se encontra abaixo da média nacional em termos de percentagem de população com acesso a rede pública de água. Pior do que isso foi saber que nos últimos três anos a CMP teve de abrir mais 8 chafarizes em consequência dos novos bairros clandestinos que surgiram e tiveram um forte crescimento neste mandato. Portanto, que os debates não parem por aqui e que não sejam realizados apenas para se tirar proveito de uma situação em concreto.



Senhor Presidente,



Este ano as festas do município e o festival da Gamboa decorreram sem grandes sobressaltos. De entre as fitas cortadas e pedras lançadas destaco o novo mercado. Todos nós queremos um novo mercado para a capital, ninguém está satisfeito com as condições que o Sucupira oferece neste momento. Mas lamentamos desde a primeira hora, que a câmara não tenha procurado construi-lo num outro espaço que não fosse o Campo do Coco. Os jovens desportista da Várzea, da Achadinha e zonas limítrofes ficaram a perder.

É nossa opinião que o Festival da Gamboa tem que ser terciarizado, já que existe um leque de empresas de promoção e organização de espectáculos que poderiam perfeitamente assumir a gestão do festival. A Câmara tem ficado totalmente paralisado (audiências, despachos, etc.) na altura dos festivais, o que não pode continuar a acontecer. Até faz pena ver o Vereador da Cultura em pleno meio-dia, com os pés na área quente e a cabeça ao sol da Gamboa a fiscalizar pessoalmente a instalação do palco, sistema de som, iluminação etc. Um vereador é um responsável político, portanto deve ocupar-se das grandes questões estratégicas para a implementação de uma verdadeira política cultural, procurar parcerias, definir prioridades, etc. É preciso dignificar a função.



Senhor Presidente



A autoridade municipal não deve ser imposta, única e exclusivamente através do uso da força. Sugerimos a Vossa Excelência que se aproxime mais dos movimentos associativos e civis que têm despertado um pouco por todos os bairros pois serão uma importante ajuda no exercício saudável da autoridade municipal e no estabelecimento da ordem pública.

Os problemas sociais que a nossa cidade enfrenta actualmente só serão debelados se houver um forte empoderamento das instituições intermediárias entre o poder político e as comunidades (ONG’s, Centros de Juventude, Delegações Municipais, Escolas Básicas e Secundárias, Associações Comunitárias, etc.).

Experiências interessantes estão acontecendo em Achada Grande, onde a Associação Comunitária de Achada Mato tem desenvolvido um excelente trabalho com grande apoio da Citi-habitat e temos uma particular admiração pelos Jovens do Inter-vila por nunca terem “abandonado” Vila-Nova, pela linda Casa de Cultura que abriram recentemente e por todos os anos nos surpreenderem sempre com belos e agradáveis desfiles de carnaval na Avenida Cidade Lisboa.

Poderíamos ter citado outros exemplos positivos que estão acontecendo em Safende e em outros bairros da nossa cidade. Sentimos que há um movimento (meio silencioso) de cidadania local muito forte que vem crescendo dia após dia. Vossa Excelência precisa estar mais atento e mais perto destes movimentos que não devem ser confundidos com resultados de gestão camarária.



Senhor Presidente



É do domínio público que as autarquias têm tido dificuldades na colecta dos impostos, taxas e tarifas municipais. É alarmante e incompreensível a constatação de que a taxa de realização dos investimentos, na nossa autarquia, em 2010 ficou abaixo dos 35%. O ano de 2010 deveria ser forçosamente o ano das soluções. Desde o inicio do nosso mandado temos defendido e apelado à construção de um conjunto de investimentos estruturantes para a melhoria da qualidade de vida de todos os munícipes, nomeadamente a construção do novo quartel dos bombeiros no bairro do Palmarejo, o novo Cemitério para servir a população da zona Norte da Cidade, um terminal rodoviário em S. Filipe com vista a aliviar o trânsito automóvel no centro da Cidade, a construção de habitações sociais de baixo custo e, sobretudo, a tão desejada, tão publicitada e tão anunciada requalificação de toda a Ribeira da Vila Nova e a remodelação do Mercado do Plateau.

Infelizmente, tudo indica que para o último ano de mandato esta equipa camarária vai dar prioridade a pequenas acções, localizadas e de ganhos rápidos em detrimento das grandes obras. Felizmente, com apoio do Governo e da Cooperação Internacional, algumas obras de Saneamento e de melhoria do meio ambiente já estão em curso, para o consolo das populações, nomeadamente de Safende e Vila Nova.





Para concluir, reiteramos os nossos votos de um bom final de mandato e que tenha sempre na memória que tem compromissos com a população praiense a que não pode (nem deve) fugir a eles.



Vladmir Silves Ferreira

Líder da Bancada Municipal do PAICV

segunda-feira, 13 de junho de 2011

URINOL DA PRAÇA ALEXANDRE ALBUQUERQUE

O urinol público (de acesso pago) recentemente construído na Principal Praça do Plateau tem suscitado reacções diversas por parte dos munícipes.

Há algumas questões que, caso fossem respondidas, poderiam ajudar-nos a melhor entender esta opção






Porquê que não foi mantido o urinol subterrâneo como existia no traçado original da praça?





Se os particulares estão proibidos de modificar a arquitectura dos seus imóveis no plateau porquê que Câmara pode?



A ter que ser, obrigatoriamente, uma construção em altura não havia outros modelos, outras formas e materiais de construção que não obstruíssem a visão do Palácio de Justiça e da Igreja Matriz?



Não foi encontrado outros espaços no plateau para se construir um novo urinol?



A cidade não precisa de mais urinóis?



Quantos novos urinóis pretende a Câmara construir antes do fim do mandato?

terça-feira, 7 de junho de 2011

CMP PROMOVE FÓRUM SOBRE O ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DA PRAIA

A Câmara Municipal da Praia vai realizar amanhã (a partir das 9 horas) quarta-feira, dia 8, um fórum sobre a problemática do abastecimento de água na Capital. O Fórum, que tem lugar nos Paços do Concelho, no Plateau, pretende encontrar respostas para os problemas conjunturais de falta de água que assolam a capital do país nas últimas semanas.
Apesar de ser numa hora pouco propicia à participação dos munícipes que trabalham e ganham a sua vida de forma honesta, pela importância da temática, apelo e conto com a participação de todos que puderem estar presentes.
Também espero que a Câmara tenha convidado a ELECTRA. Não vamos debater sobre os problemas de abastecimento de água sem a presença da única empresa que gere e abastece a nossa cidade.
É do conhecimento público que a relação entre a CMP e a ELECTRA não tem sido as melhores. Amanha teremos uma boa oportunidade de debater e ver esclarecida e resolvida esta questão pois os munícipes estão a ser prejudicados com estas quezílias desnecessárias.
Para além da relação ELECTRA/CMP há um conjunto de questões estruturais que carecem de uma análise mais profunda, nomeadamente: que modelo de gestão para a ADA (Empresa Municipal de Abastecimento de Água aos Chafarizes da Capital) de forma a torna-la sustentável? Que papel cabe a ARE (Agencia de regulação económica) na fixação e fiscalização dos preços de comercialização da água?

Portanto, o debate deve ser mais profundo, e não pode cingir-se somente à situação actual.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

NOTA DE PESAR

A DIRECÇÃO DA BANCADA DO PAICV-PRAIA VEM POR ESTE MEIO APRESENTAR AS SUAS CONDOLENCIAS À FAMILIA E À POPULAÇÃO DE SÃO NICOLAU PELA PERDA DO CAMARADA MARIO TOLENTINO, QUE FOI DURANTE GRANDE PARTE DA SUA VIDA UM GRANDE CAMARDA E LUTADOR PELAS GRANDES CAUSAS DA NAÇÃO.

QUE A TERRA LHE SEJA LEVE.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: BRAÇO DE FERRO ENTRE PRESIDENTE E SECRETÁRIO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA

Foi necessária a intervenção de dois agentes da BAC para impedir que o Secretário da Mesa da Assembleia Municipal da Praia entrasse no seu gabinete. Segundo denuncia o próprio em carta remetida a Ulisses Correia e Silva, foi a própria Presidente da Assembleia quem chamou a polícia. Promete, por isso, um “débordement”

Praia, 25 Maio 2011 – O deputado municipal da Praia, pela lista do MpD, José Joaquim dos Santos Barbosa, que também é Secretário da Mesa da Assembleia Municipal, escreveu ontem, 24, ao Presidente da Câmara da Praia, Ulisses Correia e Silva, “para lhe informar” que desde o arrombamento e substituição de fechaduras do seu gabinete, nunca mais teve acesso ao seu gabinete e às instalações do Gabinete Técnico de Apoio à Mesa da Assembleia.
Segundo a carta, que nos foi remetida pelo próprio, “a Presidente da Assembleia (Filomena Delgado) se recusa a lhe entregar as chaves do imóvel e do seu gabinete”.
Informa a Ulisses Correia e Silva que apesar de ter “intentamos entrar por meios próprios”, aconteceu que Filomena Delgado “chegou ao ponto de chamar a Polícia de Ordem Pública para o interior das instalações da Assembleia Municipal, que de facto compareceu, com um agente e dois agentes BAC’s”.
O deputado e ainda Secretária da Mesa da Assembleia Municipal diz estranhar que “uma candidatura que propalou tanto a dignificação da Assembleia Municipal o que significa que, se a mensagem passou, é que havia um défice, chegue agora a chamar a polícia para dentro das instalações da Assembleia Municipal, para um deputado eleito local e ainda por cima, Secretário da Mesa que é a 4ª entidade autárquica do Concelho”.
Segundo escreve ainda na carta enviada ao Presidente da Câmara, “a Presidente da Assembleia condicionou a entrega das chaves à assinatura de um termo de compromisso”, cujo conteúdo diz desconhecer agendado para esta manhã.
O ainda Secretário termina dizendo esperar que a Comunicação Social e a Polícia compareçam no local, pois “quem sabe, pode haver um débordement”.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA: CMP acusa Electra de falta de ’bom senso’ no fornecimento de água aos praienses

A Câmara Municipal da Praia acusou esta sexta-feira a Electra de falta de “bom senso”. A empresa, diz o vereador Gilberto Silva, não disponibiliza água para abastecer os chafarizes nos bairros como forma de penalizar a autarquia pelo não pagamento de uma dívida de 12 mil contos.“Mais de 50% da população da Praia começou a ficar afectada com cortes de água nos chafarizes. Os cortes são feitos pela Electra que decidiu assim utilizar a sua imposição de força para resolver a situação de dívida entre as partes”, reitera o vereador Gilberto Silva, que instou a empresa a cumprir a sua obrigação de garantir o abastecimento. Aquele responsável camarário explica que dos 72 chafarizes em funcionamento, 57 estão ligados à rede pública e a Electra já procedeu a cortes em 17 deles, curiosamente, diz ele, os mais procurados. “O impacto desses cortes é bastante negativo, tendo em conta que afecta a população mais vulnerável do município. Julgo que tem havido uma certa insensibilidade por parte da Electra para com as necessidades básicas da população”, diz o vereador Silva.



De acordo com Silva, a distribuição de águas nos chafarizes não é rentável: “os prejuízos advém das despesas de distribuição, que são superiores às receitas que o município arrecada e esta situação resulta também das dívidas correntes para com a Electra”. “A Electra contribui em certa medida para esta situação de prejuízos porque também tem diminuído consideravelmente a quantidade de água que fornece aos chafarizes. De 2008 a esta parte houve uma diminuição de 25 mil toneladas de água. Na maior parte dos chafarizes, a água de três em três dias durante uma hora em média”.

Silva entende que a solução do problema não deve passar por “cortes compulsivos”, mas deve ser procurada numa base institucional. “O presidente da câmara já solicitou formalmente um encontro com o ministro da Economia para o equacionando desse problema”. Entretanto, a CMP relembra à Electra que a sua dívida para com a edilidade ascende aos 452 mil contos. Por sua vez, a CMP deve à Electra, desde 2003, 45 mil contos, para além das dívidas de água (12 mi contos) e iluminação pública, que atinge os 130 mil contos.

FONTE: ASEMANA

quinta-feira, 28 de abril de 2011

IX SESSÃO ORDINARIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA

A  Assembleia Municipal da Praia estará reunida nos próximos dias  29 de Abril, 2 e 3 de Maio, em sessão ordinária, com a seguinte proposta de ordem do dia:
1 - Periodo antes da ordem do dia
2 - Apreciação da Conta de Gerencia
3 - Deliberação que fixa bandeirada de taxis
4 - Debate sobre a autoridade municipal
5 - Deliberação que revoga a deliberação nº 30/09 de 14 de Dezembro, que autoriza a celebração de um contrato de concessão de exploração da praça de palmarejo e a deliberação nº 8/10 de 12 de Maio que  autoriza a constituição de direito de superficie, ambos em relação ao consorcio Cape Verde Conections lda e Efectivo - Consultoria e investimentos SA.
6 - Deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superficie sobre a praça de palmarejo, mediante concurso publico.
7 - Deliberação que revoga a Deliberação que autoriza a concessão da exploração do Estadio da Varzea.
8 - Deliberação que autoriza a constituição do fundo de investimento imobiliario
9 - Deliberação que aprova a taxa de inertes
10 - Deliberação de doação do Jardim Infantil de Casa Lata
11 - Deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superficie da Arena do Parque 5 de Julho para construção e exploração de uma sala de espectaculos.
12 - Deliberação que autoriza a concessão de exploração e a constituição de direito de superficie da Casa Padja do Parque 5 de Julho e areas circundantes, para a construção e exploração de um centro de conferencias.
 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O TRANSPORTE PÚBLICO NA CIDADE DA PRAIA: PROPOSTAS COM VISTA À SUA MELHORIA E SUSTENTABILIDADE

Segundo os dados do último Censo, o Concelho da Praia conta actualmente com cerca de 131 mil habitantes, o que representa em termos percentuais cerca de 27% do total da população do país e 48% da população da ilha de Santiago. Contudo há um conjunto de infra-estruturas e serviços, nomeadamente, energia, saneamento, abastecimento de água, habitação, etc., que não têm conseguido acompanhar devidamente esta forte dinâmica de crescimento.
Neste quadro os serviços de transportes público colectivos não são excepção. Por motivos vários, temos hoje um sistema de transporte que claramente não tem conseguido dar cabal resposta, em tempo e em qualidade á forte demanda que a Cidade Capital carece em termos de mobilidade urbana e interurbana.

A penúria de homens, mulheres e crianças que diariamente passam várias horas nas (pseudo) paragens, ao relento, perdendo tempo que poderia ser melhor empregue a trabalhar ou em actividades de lazer, é algo que exige uma urgente intervenção por parte dos puderes públicos, local e central.
Tenho defendido a construção de dois terminais rodoviários à entrada da cidade, um de grande porte, em São Filipe, nas imediações do Centro de Inspecção Técnica de Automóveis (ITAC), e outro de médio porte, em Palmarejo Grande, perto da Universidade Jean Piaget. Com a construção destes terminais a nossa autarquia teria os argumentos necessários para reestruturar todo o sistema de transportes públicos de passageiros da Cidade. Os Hiaces poderiam assim assumir em pleno a função de veículos de transporte interurbano deixando os passageiros nos terminais rodoviários (sem entrar no perímetro urbano) onde os clientes poderiam apanhar autocarros ou táxis em direcção ao centro ou para qualquer zona periférica da cidade.
Seria com certeza uma soberana oportunidade para Câmara Municipal da Praia redefinir todas as linhas e carreiras urbanas, que em muitos casos já não acompanham a dinâmica de crescimento e mobilidade populacional, reabilitar e sinalizar devidamente todas as paragens e assim tornar o trânsito mais fluido dentro da cidade.
Numa análise à olho nu, parece-nos bastante evidente de que o transporte "ilegal" de pessoas e bens pelos Hiaces dentro da Cidade da Praia tem aumentado nos últimos tempos. Algo que há poucos anos atrás apenas se verificava em algumas linhas, hoje se verifica de forma generalizada em praticamente toda a extensão da Cidade da Praia.
Se é verdade que tal facto revela uma falha no serviço de fiscalização por parte das autoridades competentes, por outro, é também um elemento revelador de que as empresas que oficialmente operam no ramo, Moura Company e Solatlântico, não tem conseguido dar devida resposta e em tempo útil às reais necessidades dos munícipes e não têm conseguido ganhar vantagens competitivas e comparativas face ao aumento da concorrência dos Hiaces.
No meu entender, as empresas de transportes públicos devem adoptar um modelo de gestão moderno e inovador que promove uma inserção segura num mercado que se quer competitivo. Devem ser concorrentes onde tal se justifica mas também devem se associar e serem parceiras onde o interesse colectivo seja benéfico para todos.
As duas empresas que operam legalmente na cidade, como forma de atrair e fidelizar mais clientes e combater a concorrência dos Hiaces, deveriam adoptar um sistema de passe social único. Esta inovação traria enormes vantagens quer para as empresas como para os clientes, que passariam a ter uma maior oferta em termos de números de autocarros mesmo que tal implique um ligeiro aumento no preço dos passes. Uma sondagem on line realizada pela sapo.cv, no dia 6 de Abril de 2011, veio comprovar que esta proposta é viável pois cerca de 60% dos internautas mostram-se favoráveis à esta solução em vez da atribuição de subsídios às empresas.
Em simultâneo e como forma de melhorar as suas imagens junto dos munícipes, espero um maior e mais visível envolvimento das empresas em acções de carácter sociocomunitária e filantropo e uma presença mais positiva na comunicação social.
Os munícipes queixam-se da falta de um interlocutor quando se sentem lesados nos seus direitos, por isso também defendo a criação da figura do provedor do Cliente, que tanto poderá ser implementada por iniciativa das empresas ou pela própria DGTR, seria assim um importante canal de comunicação entre os munícipes e as empresas.
Medidas em termos de políticas públicas devem ser implementadas com vista a que o uso do transporte público constitua uma opção atractiva e não um problema.
Se quisermos incentivar o uso dos transportes público temos que exigir das empresas que prestem um serviço de qualidade (motoristas bem apresentados, veículos seguros e amigos do ambiente, confortáveis, fiáveis e pontuais);
Mas as grandes opções devem ser definidas pelos poderes públicos. E nesta matéria ainda estamos muito atrasados se nos compararmos com muitas outras capitais por este mundo fora. Deve-se apostar na criação de faixas de rodagem (pelos menos nas zonas centrais da cidade como Plateau, Fazenda, Rotunda Terra Branca e estrada de acesso a Palmarejo) exclusivas para (autocarros) transportes públicos. Esta medida faria com que o tempo de demora em trajectos actualmente mais complicados diminuísse consideravelmente.
Num contexto de aumento significativo dos preços de combustíveis, teríamos seguramente mais pessoas a optarem pelo uso de transportes públicos e para um ambiente saudável através da diminuição da emissão de C02 e consumo de combustíveis fosseis; associado a isto a autarquia poderia instituir um DIA MUNICIPAL SEM CARRO, em que em conjunto com demais forças vivas (associações juvenis, ONG’s ligadas ao ambiente, etc.) realizar-se-ia uma ampla campanha de sensibilização e se apelaria a todos os munícipes para que pelo menos uma vez por ano e de forma voluntária todos nós deixasse-mos os nossos carros em casa. Seria um dia de reflexão sobre os problemas de mobilidade, consumismo e sustentabilidade ambiental. Acredito que teria um bom impacto sobretudo na consciencialização dos jovens e crianças.
Os gastos com transporte público também deveriam contar na dedução do IUR das famílias cabo-verdianas nas mesmas circunstâncias que se aplica á educação, saúde e custos de renda de casa. Seria mais um incentivo para os munícipes aderirem a esta forma de mobilidade urbana e representaria um sinal claro de que o poder político defende, protege e promove o uso de transporte público.
Para concluir, só me resta reforçar a ideia de que se trata de um problema complexo e que exige um debate mais amplo envolvendo todos os intervenientes na matéria.

sábado, 16 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

BOAVISTA SAGRA-SE CAMPEÃO REGIONAL DE SANTIAGO-SUL

A bancada dos eleitos municipais do PAICV vem por este meio dar os parabéns ao Boavista pela conquista de mais um título regional e aproveita para desejar sorte às duas equipas da Capital que vão participar no campeonato nacional.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

KRIOL JAZZ FESTIVAL - 3ª EDIÇÃO

Decorrerá de 13 a 16 de Abril a 3ª edição do KRIOL JAZZ FESTIVAL da Praia. Já tive a oportunidade de dar uma vista d’olhos no programa que parece-me ser bom e diversificado (concertos, workshops e encontros profissionais, etc.)


Organizado pela Harmonia Lda em parceria com a Câmara Municipal da Praia, o festival tem por principal objectivo promover a música de inspiração crioula, originária quer sejam das ilhas das Caraíbas, do oceano Índico, de Cabo Verde e do continente africano, berço da criolidade.

Quem quiser ter mais informações pode consultar o blogue: www.krioljazzfestival.com

Uma boa oportunidade de ocupação de tempo livre para os próximos dias na capital

segunda-feira, 4 de abril de 2011

NOTA DE IMPRENSA

A Bancada Municipal do PAICV no Concelho da Praia, irá efectuar, amanha, dia 5 de ABRIL, uma visita às instalações das Empresas de Transporte Público SOLATLÂNTICO E MOURA COMPANY de acordo com o horário em baixo indicado.

Esta visita vem na sequência das várias reivindicações que temos recebido dos munícipes em relação à qualidade dos serviços públicos de transporte de passageiros prestados por estas empresas na capital e pretendemos também ouvir a opinião destas empresas em relação a um conjunto de questões que directa ou indirectamente lhes dizem respeito, nomeadamente, a construção de um terminal rodoviário, a actualização das linhas e carreiras dentro da cidade, a necessidade de reabilitação das paragens de autocarros, a concorrência dos Hiaces e Taxis, etc.

9H30 - VISITA À SOLATLÂNTICO - (Châ-de-Areia)
11H30 - VISITA À MOURA COMPANY - (Achada de São Filipe)

Convidamos a COMUNICAÇÃO SOCIAL a dar cobertura à nossa visita.

Contamos com a vossa colaboração de sempre!



Praia, 4 de Abril de 2011

A direcção da Bancada Municipal

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Vladmir Silves Ferreira

(contacto 9938619)

AVISO DE TRÂNSITO MUITO IMPORTANTE!

Se passarem pelos semáforos da Fazenda e por acaso as luzes de sinalização estiverem APAGADAS, por favor não avancem porque isto quer dizer que “imaginariamente” se encontra em sinal VERMELHO. Devem parar e esperar que acenda a luz verde para poderem avançar.

Quem ignorar esta regra e eventualmente provocar algum acidente será considerado CULPADO por desconhecer as regras de sinalização da nossa cidade!



sexta-feira, 1 de abril de 2011

DESTAQUES DA IMPRENSA:Censo 2010: resultados indicam mudanças na sociedade cabo-verdiana

Esta é uma das conclusões que se pode tirar dos resultados definitivos do Censo 2010, que estão a ser apresentados esta quarta-feira na cidade da Praia. De acordo com os dados, a população cabo-verdiana actualmente é de 491 875 residentes. População cabo-verdiana aumentou 1,2% Desde 1940 até agora, a população cabo-verdiana registou um significativo aumento. Passou de 181 740 para 491 875. Nos últimos dez anos, a taxa de crescimento médio anual situa-se nos 1,2%. Quando ao género, a população feminina (50,5) continua a ser superior à masculina (49,5%). Na faixa etária, a maior parte da população (59 079) tem entre 15 e 19 anos, 10 e 14 (55 227) e 20 2 24 (52 925). Os meios urbanos apresentam uma maior concentração de homens (49,8%), enquanto que os meios rurais apresentam uma maior concentração de mulheres (51,1%). O concelho da Praia é o que tem mais pessoas (131 719), seguindo-se São Vicente (76 140), Santa Catarina (43 219) e Sal (25 779). Em termos de nacionalidades, a cabo-verdiana representa 95,3% (468 487) da população. Segue-se a categoria nacionalidade estrangeira (14 373), que representa 2,9%, os com dupla nacionalidade (8 176) com 1,7%, e aos apátridas(115). Entre os estrangeiros, os provenientes do continente africano são os mais numerosos (10 306), representando 71,7%. Destes, os guineeses são os mais numerosos (8 783) com 61,1%). Quanto aos outros continentes, Europa (2446) e América (1100) são os com mais cidadãos em Cabo Verde. De referir que os cidadãos de países membros da CEDEAO (61,7%) são os mais numerosos no país, seguindo-se os de países da Europa (17%) e dos PALOP (8%). Taxa de alfabetização aumentou Nos resultados referentes à educação, em termos de evolução, registou-se um aumento. Em 2000, data da realização do último censo, a taxa de alfabetização estava situada nos 74,8%. Agora, a taxa já é de 82,8%, correspondendo a 400 584 residentes. Em termos de localização, as regiões urbanas têm uma maior percentagem de alfabetizados (86,3%). Nas zonas rurais, a taxa é de 76,9%. Os concelhos do Sal (91,6%), da Bosvista (90,3%) da Praia (89%) e São Vicente (86,1%) são os que registam maiores taxas de alfabetização. Quanto ao género, apesar de se ter registado um aumento de cerca de 15% na taxa de alfabetização das mulheres (78,5%), a taxa dos homens (87%) ainda é superior. Quando se analisa as faixas etárias, verifica-se que a taxa é maior entre os 15 e os 24 anos, onde 96,9% da população é alfabetizada. Segue-se a faixa dos 25 aos 44 anos, com 91,7%, e dos 45 aos 64, com 66,6%. Esses dados explicam o facto da maior parte da população que estuda (198 425) frequentar o Ensino Básico, representando 49,5%. Segue-se o Ensino Secundário Via Geral, com 137 514 (34,3%), o Ensino Pré Escolar com 21 179 (5,3%) e a Licenciatura com 18 486 (4,6%). Analisando as áreas de formação dos cabo-verdianos, nota-se que a maior parte dos (37,3%) formou-se na área das ciências sociais, gestão e direito. Engenharia, Transformação e Construção (13,6%), humanidades e artes (11,7%), ensino (11,2%) e ciência, matemática e computação (11%) são as outras áreas mais frequentes. Visão e memória são maiores deficiências O Censo 2010 analisou a população residente menor de 18 anos por tipo de dificuldade. Os dados indicam que cerca de 13,2% (65 021) da população cabo-verdiana tem problemas de visão, 5,5% (27 286) têm dificuldades de memória ou concentração, 5% (24 479) tem problemas de mobilidade, e 4,4% (21 681) têm problemas de audição. Diversidade de religiões no país No que se refere à religião, os dados indicam que cerca de 77,3 % (259,722) da população cabo-verdiana é católica. Ainda assim, 36.222 (10,8%) declaram que não possuem qualquer religião. Segue-se o racionalismo cristão, com 6.262 (1,9%) praticantes, a religião islâmica, que conta com 6008 praticantes (1,8%), a Igreja do Nazareno com 5644 (1,7%), a Igreja Adventista 5147 (1,5%) e outras.


FONTE: EXPRESSO DAS ILHAS